No início da década de 90, um grupo de visionários, diante dos primeiros desafios que a globalização começava a impor aos Estados Nacionais: a formação de blocos econômicos, e preocupados com as ameaças e oportunidades que se avizinhavam dos países do Mercosul e do seu ideário de integração econômica, formaram a Associação de Estudos da Integração para que ela se constituísse em um fórum permanente de debates e produção científica que ajudasse na redução das incertezas, dificuldades e barreiras jurídicas impostas aos integrantes do mercado comum em formação.
Transcorridas quase duas décadas desde a criação da Associação, o Mercosul consolidou-se e os desafios iniciais impostos pela integração econômica, paulatinamente foram superados. No mesmo período, no entanto, os desafios e os perigos que o mundo globalizado trouxe consigo, com o intercâmbio cada vez maior de conhecimentos, pessoas e comércio, cresceram exponencialmente. Organizações criminosas formaram redes transnacionais para, com mais eficiência e lucratividade, realizarem os seus "negócios", o terrorismo, a ciberguerra, a biopirataria, as "guerras" econômicas e comerciais, entre tantos outros perigos assimétricos, tornaram-se uma dura realidade e ameaça para todos os Estados Democráticos e, por consequência, para os atores privados que dão suporte ao desenvolvimento econômico e industrial destes Estados.
Diante desse contexto, a Associação da Integração, objetivando se adaptar aos novos desafios e bem cumprir a sua missão institucional, por deliberação assemblear, adaptou o foco de suas preocupações, direcionando os seus estudos e pesquisas às questões afetas à inteligência e à contrainteligência, como forma de proteger os conhecimentos sensíveis da nação, produzidos tanto pelo poder público quanto privado.
Adequando-se ao seu novo objetivo associativo, a Associação Brasileira dos Estudos da Integração, que nasceu no ano de 1991, passou, no final do ano de 2011, a denominar-se Associação Brasileira de Estudos de Inteligência e Contrainteligência - ABEIC.
Assim, com mais de vinte anos de história e serviços prestados à nação, a ABEIC adequou-se aos desafios impostos neste momento histórico, para bem cumprir a sua missão.
Objetivos:
A ABEIC tem por objetivo promover e incentivar a pesquisa nas áreas de inteligência e contrainteligência. Promover palestras, debates, seminários, cursos, worshops, congressos e outros eventos destinados à discussão, estudo, e aprendizagem destes temas. Estabelecer cooperações e convênios científicos com instituições congêneres no Brasil e no exterior. Elaborar estudos e pesquisas, bem como apresentar propostas e críticas às autoridades, órgãos públicos e entidades privadas, na temática afeta à inteligência e à contrainteligência. Estabelecer cooperação permanente com as instituições de ensino, públicas ou privadas, nacionais e estrangeiras, interessadas no assunto, igualmente com órgãos oficiais, nacionais ou estrangeiros, relacionados com o tema. Promover publicações sobre o assunto e temas conexos. Por fim, difundir a importância da atividade de inteligência no contexto do processo decisório e da contrainteligência como meio eficaz à proteção dos conhecimentos sensíveis produzidos no universo público e privado.